Wednesday, October 3, 2007

Cabinda, Angola

A primeira coisa de me lembrei quando aqui cheguei, foi o pau de Cabinda, ja tinha ouvido muitas historias e estava curioso sobre o que os angolanos pensavam sobre o pau de Cabinda. Depois de muitos contactos consegui convencer um local, um jovem que trabalhava como seguranca a contar e explicar esta historia do pau de Cabinda. Como todos os povos africanos, a gente de Cabinda é muito superticiosa, conta-me que desde criança os pais, lhe davam um mistura de várias raizes e ervas, para curar doenças, existia na sua familia uma especie de curandeiro, que a pessoas recorriam quando estavam doentes, nao existiam muitos médicos, e as pessoas nao tinham dinheiro para pagar um consulta, nem sequer tinham confiança nestes medicos, preferiam ir a estes curandeiros. Existiam vários rituais, que faziam aos recem nascidos para que elas crescessem fortes e saudaveis, mal um crianca nascia, esfregavam um pouco de cinza na cabeca da crianca para lhe proteger dos maus espiritos e doencas. E desde sempre o Pau de Cabinda era utilizado nesse rituais, juntamente com umas ervas e raizes, era remedio para qualquer tipo de doença. Mais tarde confesou que tinha tido alguns problemas sexuais com a mulher e procurou ajuda e lhe deram uma mistura de Pau de Cabinda e raizes, e que funciounou muito bem....

Pocurei entao saber mais sobre o pau de Cabinda, para tal, fui a ao que pensava ser a minha melhor fonte de informacao, a internet, com grande desilucao minha, nao existe nenhuma pagina dedicada ao pau Cabinda, exitem uma enormidade de sites a vender pau de Cabinda, em comprimidos, em chá, em ervas... mas sobre o pau de Cabinda, donde vem, qual é a arvore, não existe mesmo nada... quem quiser, pode experimentar, faz um busca no google, e descubram qualquer coisa sobre o pau de Cabinda...
Isto despertou-me mais a curiosidade, falei com muitos locais, sobre este assunto e nao descobri ninguem que me conseguisse explicar qual era a arvore de onde vinha o Pau de Cabinda. Um dia fui com um local ao mercado de S. Pedro, a entrada de Cabinda, e falei com varios vendedores, mas tambem ai ninguem me conseguiu explicar de onde vinha, contam que compravam o pau de Cabinda, a alguns velhos que vão ao interior de floresta buscar o pau de Cabinda, mas nem eles sabiam qual e a arvore deonde provinha o Pau de cabinda. Acho que este assunto ira ser um misterio ainda por algum tempo....
Contam tambem que não são só os portugueses que veem a Cabinda a procura deste suposto afrodiasico, este pau de cabinda é muito famoso nos Estados Unidos, muitos americanos que trabalham nas plataformas vem a Cabinda a procura dele, e que geralmente compram quase quantidades industriais, levam a mala cheio de pau de cabinda de volta ao seu Pais.... mas pelo que percebi, maioria sao enganados, pois apenas conhecem o nome, mas nao sabem o que e...
No caminho para Cabinda, ao caminhar pela estrada veem-se imensas arvores cuja a casca foi cortada, e supostramente vendida como Pau de Cabinda....

A primeira impressao da cidade de Cabinda e que era um monte de baracas, existem obras por todo o lado, nao parecia existir rua alcatroadas, uma imensidao de gente a vender. Caminhando pela cidade encontramos edificos de melhor aspecto, geralmente edificio de companhias estrangeiras, ou edificios de estado, existe apenas um hotel, o melhor hotel da cidade mas em termos eroupeus nao passa de um hotel de 3 estrelas.
Sendo um dos principais locais de exploracao de petroleo de Africa, pelo menos no mar, tal como em Luanda, existe quase sempre uma escassez de combustiveis para os carros, junto as bombas de gasolina formam-se enormes filas de carros, por vezes esperam mais de 3 horas para se puderem abastecer de gasolina


O povo aqui e bastante simpatico, facilmente se faz amizade, e te deixam a vontade.

Friday, June 8, 2007

Desculpe, não tem Super-glue 3, para colar-mos o nosso filtro a gasóleo ?





Partimos cedo em direcção a Kisoro, à fronteira com o Uganda. Esperámos que o "Matatoo" enchesse, e hora e meia depois, estávamos de partida.
No leste africano, o “Matatoo”, pequeno autocarro que pode conter entre 18 a 24 passageiros ou mais, é “o” meio de transporte mais usado. Quando se viaja de "Matatoo"convém chegar cedo de modo a ocupar os lugares dianteiros, mais confortáveis e capazes de absorver os choques da estrada em más condicoes.
O condutor do autocarro chama-se Olivier. Com ele, viaja o irmão mais novo, Thierry, que quer também mais tarde trabalhar como condutor.
à saída de Goma, a vista do vulcão Nyiragongo é magnifica. Em swahili, Goma, significa musica e também tambor. Talvez se trate da musica, do dum dum do Nyiragongo… Pelo caminho encontramos patrulhas mistas entre rebeldes (faixa vermelha) e soldados governamentais Congoleses (faixa verde); as Mamas a trasportarem jarras; crianças em bicicletas artesanais feitas de madeira e pneu recuperado... As barragens policiais (3 no todo) sucedem-se. Os policias, de estrela azul no capacete, reagem de sorriso estampado nas caras aos nossos sucessivos: Bonjour mon Colonel, a bientot mon General.... Apesar de estarmos todos os 3 de bagagem sobre os joelhos, não paramos de fazer fotos aos passantes, de observar, e quando a ocasiao se apresenta, de rir às gargalhadas.




A 10 km da fronteira, junto a uma pequena aldeia no meio de nada, o "Matatoo" avaria. Olivier, condutor avisado, abre o motor e extrai o filtro a gasóleo, para o limpar. Para abrir o filtro necessita de ajuda, e chega o irmão mais novo com chaves de fenda, para fazer alavanca. Para as chaves entrarem à que martelar um pouco nelas, só que Thiery, que ainda não controla bem a sua forca, com a ajuda de uma pedra, da um golpe demasiado forte. Immediatamente, constata-mos que o filtro esta partido. Olivier olha com ar ameaçador seu irmão mais novo e obriga-o a ir comprar cola Super-glue 3 para que se possa colar o filtro. Entretanto, tenta-mos arranjar a dita peca com cola UHU, mas sem sucesso. Com o calor todos saem do autocarro. Algumas Mamas, pouco confiantes nas capacidades do Olivier decidem continuar ate a fronteira de taxi mota. O Bruno, que ia sentado atrás, lentamente tenta esticar os membros doloridos pelas múltiplas contusões sofridas por causa do estado da pista. O André, entusiasmado com esta paragem no meio do nada, começa a fotografar as crianças em redor.



Neste clima de descontracao, a espera torna-se agradável, e 45 minutos passam num instante, ate que volte o Thiery. Um dos passageiros, especializado em canalizacoes, propõe-se para colar o filtro. Pouco importa quem é o executante, todos confiam no poder magico da Superglue3! Ao girar a chave de contacto, o motor romba logo à primeira e os "Nachukuro Mungu" (agradeço a Deus) acompanham o ritmo desafinado da Toyota 2.400 cc.



Arrancamos para a fronteira e temos direito a um pedaço de cana de açucar, talvez por termos contribuído com ondas positivas á resolução do problema. à chegada esta uma das Mamas com quem viajamos e que, desconfiada, resolveu continuar de taxi mota, sem pestanejar viro-me para ela e pergunto: “Com’é mama? Não confias nos super-poderes da Superglue 3?”

Wednesday, May 2, 2007

Kenya

Kenya, para nós significava praia, sol, mar, natureza...... o sitio ideal para descansar, depois de todas estas viagens, necessitavamos de um local assim para podermos relaxar..os dias passavam sem nenhuma preocupação.... Praias lindas, agua quente e comida boa...Chegamos directos a aldeia de Kilifi, passamos por Nairobi, Mombassa quase sem parar, apenas para mudar de autocarro...
Kilifi é uma pequena aldeia nas margem de Kilifi Creek (uma entrada do mar sobre a terra), é uma aldeia tipica de africa em vias de desenvolvimento, aqui não existem muitos turistas, o locasl e paradisiaco, mas ainda não está nos roteiros turisticos do Kenya, para nós um sitio perfeito para descansar....


Nas praias, uma riqueza animal impressionantes..... locais de um beleza paradisiaca....
Nos mercados, uma mistura de cheiros e sabores ..



Uganda

Os meus pais na decada de 60 foram trabalhar para o Uganda, juntamente com os meus tios e os meus avos, na altura havia uma crise em Goa, e muita gente ia trabalhar para os pais africanos, assim nasci em Uganda, na cidade de Kampala, tal com todos os meus irmãos. Em 1972 Idi Amin Dada expulsou cerca de 40 mil asiáticos, dizendo que Deus lhe havia dito para transformar Uganda num país de homens negros, com isto a minha familia é obrigada a sair do país, e voltar para a India. Foi uma altura dificil para os meus pais, pois tiveram literalmente que fugir do pais, por sorte tinham muitos amigos africanos que lhes ajudaram nessa fuga. Assim abandonaram a sua casa e tievram que sair do pais apenas com aquilo que conseguiam carregar. Eu poucas memrias tenhos tesse tempo, mas sempre tive a curiosidade de voltar a Uganda e conhecer o local aonde passei parte de minha infancia, e que se não fosse a Guerra provavelmente seria o lugar aonde estaria a viver.
Kampala
Assim chegamos a minha terra natal, primeira imagem que tenho e muito chocante, Kampala parece um mar de gente, uma confusao inimanginavel de carros e pessoas, um cidade caotica, assim decidimos que iriamos ficar por ca o mais breve possivel. Eu sabia que a minha mãe tinha morado em Entebe, entao decidimos ir visitar esta cidade e tentar descobrir informacoes sobre a minha infancia
Entebe
Mal chegamos a esta cidade, a priimeira informação que nos dera, era sobre a existencia de um templo Hindu, que nos poderia dar mais informacões sobre a historia dos indianos em Uganda, era um templo muito bonito aonde o rapaz que veio para Uganda na decada 80 e não nos sabia prestar muitas informações


Caminhamos pela cidade, falando com a pessoas, descobrindo um pouco da historia do país, até descobrimos a escola aonde os meus pais trabalhavam, chegamos mesmo a encontrar uma da pessoas que trabalhava com os meus pais na altura

Recentemente estreiou um filme chamado "The Last King of Scoland" com Forest Whitaker com uma brilhante interpertacao do ditador Idi Amin Dada, este conta parte da historia de Uganda
Em 1992 é lancado um filme chamado "Mississipi Masala"com Denzel Washinton, este conta a história de uma familia indiana que vivia em Uganda e que explusa da terra que ja consideravam c0mo sua, por causa da guerra, mas tal como a minha familia não quer voltar a India e vai viver nos Estados Unidos, filme conta tambem os problemas que enfrentam tentando adaptar-se a uma nova cultura, quando vi este filme, pareceu-me um dejavu, pois é a historia da minha familia e tambem a historia de milhares de pessoas como eu.


Ginja
A fonte do Rio Nilo, quando dos locais mais bonitos de Uganda, uma pequena aldeia como uma vida fantastica, um pequeno paraiso, tive pena de ficar apenas de passagem por cá, é um destino que tenho que voltar um dia.